terça-feira, 5 de fevereiro de 2002

Quem é vivo sempre aparece!

Aê, PIRU! Já tinha perdido a fé nessa vida de blogueira... como diria Chicó: "vidinha por aqui tava muito parada...". Que bom que a primeira resposta à minha sugestão de autobiografia não foi um sonoro "BUUUUUU!", como eu estava imaginando.

Essa coisa da gente escrever é muito gozada mesmo. Me dá medo. Não sei se faz mais mal guardar pra dentro ou pôr pra fora. Guardar pra dentro, corre o risco de morrer afogado em tanto lixo mental. Pôr pra fora, torna público, te define aos olhos dos outros, às vezes estigmatiza, puxa mais ainda pro lado da tragédia.

O fora que eu levei, por exemplo. Introduzi o assunto meio ali, no sapatinho, fazendo piadinha, tornando "literário"... aí você me solta essa: "já sabemos que você levou um fora no final do ano". Pô! Que merda! Como é que a gente dá tanta bandeira sem saber, né? E o pior: e a vontade de ficar falando nisso? É muito masô pra minha cabeça.

Então o meu desejo é mandar pra vocês a história da minha vidinha sem começar (nem terminar, nem parar nele) por esse fora. Porque afinal, como é bom lembrar, minha vida começou muito, muito antes de eu conhecer o sujeito. Tudo começou há quase 23 anos (lembrem-se de me dar os parabéns no dia 18).

Prazer, Cristina do Vale. Ainda sem profissão definida. Estudante de Letras (ex-estudante de Filosofia), já dei aula de português, de inglês, de português para estrangeiros, fui contadora de histórias, pesquisadora-bolsista, revisora, preparadora de textos e assistente editorial. Estudo português e inglês e vou me formar no meio do ano, licenciada para as duas línguas. Mas quem disse que eu quero dar aula???

Eu achava que queria. Tinha certeza, aliás. Até o dia em que eu tive que enfrentar, pela primeira vez, um bando de adolescentes de 13 anos que achavam que qualquer coisa na vida era melhor do que assistir aula de português. Ainda mais com a professora substituta, com aquela cara de criança, com aquele ar óbvio de inexperiente. É, esses garotos adoráveis marcaram a minha vida para sempre.

No momento (sempre?) sou uma interrogação. Acabei de arranjar um trabalho num colégio como professora do Laboratório de Redação. Eu não queria... já tinha decidido que não queria trabalhar em escola, pelo menos agora. Mas me ofereceram, eu fui ver o que que era, me escolheram entre três, acho que fiquei meio lisonjeada e acabei entrando nessa de novo... mas, agora que já estou lá, é mandar bala!

Fora esse grande assunto que é a busca pela verdadeira vocação, também gosto muito de cinema, comida japonesa, praia, dançar, ler, ver seriado americano, bater papo com amiga e, caso vocês não tenham notado, escrever. Outra coisa que eu gosto MUITO de fazer é namorar, mas os homens não têm colaborado muito...

E isso é tudo o que eu tenho a dizer sobre isso!

P.S.: PIRU, acompanhei de leve a sua crise com a Raquel, antes de começar a escrever no Manicomius. Não sei muito bem o que rola, mas soube que você andou ficando malzão... bom, faço minhas as suas palavras. Sofrer por amor é foda, a gente se atrapalha todo, o que é pequeno fica grande e o cérebro não obedece... mas o negócio é ir respirando fundo e vivendo um dia de cada vez. Ceeeeerto, mano?

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