domingo, 5 de agosto de 2001

Epopéia insignificante
(letra: Márcio Fernando Santiago Calixto)
(música: Alexandre Furtado Simião)


Enquanto portas e janelas se fecham
O som das palavras incomodam muito mais quando ignoramos
Homens e mulheres se prendem a conceitos, jeitos, preceitos, pré-conceitos de uma nova forma de se unir

E se não fizermos; quem fará por nós?

Paredes se pintam com cores que agradam
E nos dizem o que deve ser feito
Pois somos aquilo que podemos absorver

Fatos e formas nos confundem, surgem em nossas mentes cores baseadas no escuro

Puro é o ser; que deve conceber
E se não for o que podemos fazer
(rejeitar é uma forma de destruir; unir o nada ao acabado incompleto)
E crianças correm por um campo virtual
Mas que legal
Não preciso me preocupar
Se ele vai se machucar
Mas será que no final; ele vai saber se levantar?

A imagem que te passo não é uma imagem real
Mas quem se liga, nada mais é natural?

A base de remédios eu fico feliz
Enquanto homens e mulheres perguntam se há um jeito
Outro jeito
De ser mais perfeito

Mas mesmo assim
Portas e janelas não se abrem
Se conformam
Que não há mais nada para se acertar
(aceitem, aceitem, aceitem se quiserem)
(aceitem, aceitem, aceitem se puderem)

Mas se o que vale é a imagem; o que somos em frente ao espelho?
Somos aquilo por um desejo; ou por que devemos ser assim?

Enquanto meninos e meninas correm pela vida
Sentados em frente a tela viva
Eu continuo a me preocupar
Onde vamos parar

Mas mesmo assim minhas portas e janelas
Nunca estarão abertas
Talvez coloridas
Com a bela cor sofrida.


Eu já cheguei a colocar esta letra aqui no ar, mas de novo, a idéia da eterna epopéia da transformação me acomete o pensamento e vejo que ela me transforma uma vez mais, e para aqueles que ainda não a conhecem, aqui ela está.

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