quinta-feira, 28 de junho de 2001

In versos alheios (A essência do Bestificado)
(Márcio Calixto - musica dos congruentes)

Ao fim o homem bebe sozinho
A própria garrafa de vinho
O consome por dentro
Fazendo carinho

Nesta velhice sem frutos
Numa noite clareada com tons escuros
A garrafa de vinho
Como ele, estás sozinho
[solo]

Da sua boca ele bebe
Sua essência
Pura demência
De um ser invasor

Que horror
É ver ele pedir
Eu estou aqui
Pra poder ajudar

Um homem adolescente
Cresce demente
Doente, por ser quem é
Ele tenta o suicídio

Fuja de casa garoto
Seja esperto, seja maroto
A faca que te cega
Já chegou a vários outros

Ele percebe o quão cego está
Ao ver o sangue embebedar
Antes dos vinte, a alma demite
Seu corpo, sua dor

A dor que vem
É a dor de sempre
Agora ela não machuca
Ela ajuda

Que dor é essa
Que não mata nem fere
Esta droga perversa
Por ti estou inerte

Eu espero por respostas

Eu quero agora algumas respostas

Me responda pai, quem eu sou
Como vim pra cá
Pra onde eu vou chegar
Com esta luz serena

Que pena é esta?
Pai, porque me bate tanto assim
E que cheiro é esse
Na sua boca a perdição

Pai, tira de mim este cálice
De vinho doce e velho aqui
Mostre o que serei

Será que serei sempre assim
Sereno e noturno gatuno
Que ajuda o bem a combater o mal
A dor de um, a dor de geral

[solo pequeno, de introdução]

O garoto se olha assim na tevê
Assim ele quer ser
Por mais que ele deseja
Em Gotham City a lua está sempre cheia

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