terça-feira, 11 de setembro de 2001

Início, meio e fim...

Início de namoro é sempre meio esquisito - é uma opinião minha, não estou levantando a questão para alguém concordar ou não comigo - há muito tempo eu venho pensando sobre isso e cada vez eu tenho mais preguiça com o início de namoro, já houve tempo que eu pensava diferente - na adolescência - Na adolescência tudo é paixão, tudo é fantasia e tudo tem um Q especial, nos apaixonamos pela sensação de estarmos apaixonados, aquelas músicas que hoje consideramos bregas faziam parte da trilha sonora de cada fase, ah! a pureza, a adrenalina, sensação que nos dá um friozinho na barriga e que antes podíamos chamar apenas de friozinho na barriga, hoje!? chamamos de comichão, tesão, o fogo a espera da paixão.

Tenho que concordar que no início do namoro nossas defesas ainda não foram acionadas, é pura empolgação é a fase da ansiedade, onde ficamos ao lado do telefone esperando que aquele toque seja para você, lembro do meu primeiro namoro, eu ficava na sala esperando aquele toc toc já conhecido por mim e que aos ouvidos dos outros era apenas mais um toc toc qualquer, e se isso não acontecesse o mundo desabava.

Não para por aí, quando estamos no início nos policiamos a cada minito e tudo o que eles falam analisamos por cinco óticas diferentes, as amigas viram psicólogas e entendidas e se um menino cruza em sua frente, coitado!! falamos do nosso princípe encantado e perguntamos o que ele quis dizer com: "aparece lá" e você aparece e é como se nada tivesse acontecido ou "amanhã a gente se fala" e o amanhã nunca chega. Fora isso ainda nos preocupamos em como agir quando nos encontrar-mos, o que falar, quando falar, e se o espelho falasse ele iria dizer para ensaiar menos e agir mais, mas como ele não fala continuamos ensaiando e fazendo tudo ao contrário na hora H.

O que mais acontece é de não sermos correspondida - já faz tempo que venho dizendo que nós somos escolhidas e nunca escolhemos - aí temos que fazê-lo muda de opinião, ah! aí você pensa: isso acontece porque no mínimo ele não me conhece direito, sou uma pessoa alegre, não gosto do Gugu nem do Faustão, gosto de uma boa leitura, sei conversar o que ele quiser e se for o caso eu até o acompanharia no jogo do Atlético... ieca!!!! é outra coisa que não concordo, a maioria das mulheres não torcem para time nenhum, aí começa a sair com um menino e quando chega nesse assunto ela aguarda, ele falar qual é o time dele e ela vai logo dizendo que não torce para time nenhum mas o que ela mais me simpatiza é o tal (que no caso é o mesmo do dele).

É essa falta de personalidade e de insegurança que eu acho esquisito, a pessoa já começar se anulando, devemos começar do meio, onde já nos conhecemos e não precisamos de nos preocupar com esses detalhes, detalhes que como eu disse já fizeram algum sentido, hoje já faz parte do passado.

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