Desgosto
- Mais proteína, menos carboidrato, mocinha.
- Tá bom, doutora...
A vaca cortou meu cereal com leite! As tardes ficaram mais longas com um pote de Cottage cheese e geléia de morango diet. Nada de pão mocinha. Você tem que comer mais carne, mais queijo. "E fruta?" Claro que não, idiota, fruta é carboidrato também. Nada de pão, massa, arroz, fruta, cereal (ai, doeu!). Vou ficar com corpinho de 15 e cara de 60, de infeliz que estou.
E estou decidida, se desmaiar na natação por falta de carboidratos, processo a Dra. Vaca!
sexta-feira, 30 de novembro de 2001
quinta-feira, 29 de novembro de 2001
terça-feira, 27 de novembro de 2001
quinta-feira, 22 de novembro de 2001
terça-feira, 20 de novembro de 2001
Salve, Zumbi
Apesar de estar trabalhando hoje, o Zumbi salvou minha segunda-feira... fiquei em casa DESCANSANDO!!! hahahaha... .valeu Zumbi!
E não esqueçam de visitar o blog dos artistas!
Apesar de estar trabalhando hoje, o Zumbi salvou minha segunda-feira... fiquei em casa DESCANSANDO!!! hahahaha... .valeu Zumbi!
E não esqueçam de visitar o blog dos artistas!
sábado, 17 de novembro de 2001
Vou mandar a base do que espero do texto.
1o. - Acontece o que está escrito no conto
2o. - ela se desespera e tenta encontrar forças pela perda do filho da amiga!
3o. - encontra forças no moleque
4o. - o moleque é uma ponte a imagem dela! (jogo de quiasma!)
5o. - o moleque é belo por dentro e horrendo por fora! (quiasma em cima de marcia)
1o. - Acontece o que está escrito no conto
2o. - ela se desespera e tenta encontrar forças pela perda do filho da amiga!
3o. - encontra forças no moleque
4o. - o moleque é uma ponte a imagem dela! (jogo de quiasma!)
5o. - o moleque é belo por dentro e horrendo por fora! (quiasma em cima de marcia)
sexta-feira, 16 de novembro de 2001
SHOOOOOOWWWWWW
Marcito, agora estou quase tendo um enfarte de trabalho-nervoso. Mesmo assim quis pelo menos dizer que tá ducarái esse texto bia-marcificado!!! Curti mesmo!! Tô visualizando tudo exatamente como pensava quando escrevi a história... Tá de arrebentar... Vai me mandando as partes prontas, se quiser... Tô curtindo demais tudo isso!
Marcito, agora estou quase tendo um enfarte de trabalho-nervoso. Mesmo assim quis pelo menos dizer que tá ducarái esse texto bia-marcificado!!! Curti mesmo!! Tô visualizando tudo exatamente como pensava quando escrevi a história... Tá de arrebentar... Vai me mandando as partes prontas, se quiser... Tô curtindo demais tudo isso!
quinta-feira, 15 de novembro de 2001
Tudo por seu toque - Baseado em Maçãs
Galera, esse texto é baseado num conto escrito por nossa amiga Beatriz Blandy, e estou colocando aqui, somente a primeira cena, só pra ver se está do gosto dela, já tô com a segunda cena quase toda escrita, e assim que tiver pronta, vou aprontar todas as outras e depois somar tudo e colocar na ponta de um filme, que espero que todos gostem de como vai ficar, pq se depender do roteiro, eu espero que gfostem pois eu estou gostando muito de como a história está se seguindo .
Tudo por seu toque
Cena 1 – Trânsito (Um pouco antes da esquina da Rebouças com a Avenida Brasil).
Márcia encontra-se no carro, parada um pouco antes do cruzamento da Rebouças com a Avenida Brasil. Seu rosto está inchado e, em plena segunda-feira, as olheiras roxas mostram uma noite mal-dormida, mesmo para alguém que tem o costume de dormir cedo. Buzinas de carros e ônibus enfileirados esperando por sua vez na eterna contra-mão do horário matutino de trabalho. Fumaça negra sobe dos escapamentos dos tanques de guerra do eterno leva e traz.O jornal ajuda no desespero.
(Márcia – nervosa e discutindo com o jornal semi-amassado em suas mãos) – Meu Deus, nem em plena segunda-feira há alguma notícia boa.
Alguns carros, a sua frente, puxam o freio de mão e desligam os motores. Nem mesmo o apito ensurdecedor do guarda-de-trânsito alivia a pressão daqueles glóbulos ensandecidos pelo horário de trabalho. Grande São Paulo está parada de novo, e nem mesmo suas artérias conseguem bombear mais nada.
(Márcia – com parte de sua cabeça do lado de fora, disputa atenção com as buzinas) Pelamordedeus, dá um jeito nisso aí, seu guarda!
O guarda não presta a atenção e continua a apitar.
Márcia xinga um palavrão, em voz baixa, contra a mãe do guarda. Na raiva, ela puxa o freio de mão, quase o arrancando, e desliga o carro, tirando a chave e colocando sob suas pernas. Ela puxa o jornal, abre na parte de economia e começa a devorá-lo. Suas mãos tremem pela adrenalina diária em seu sangue. Essas tremedeiras não param nem mesmo após o matutino banho.
Ao rádio, toca Zé Ramalho – Beira-mar.
Oi! Por dentro das águas e sonhos/ E coisas que sonham o mundo dos vivos/ Há peixes milagrosos, insetos nocivos/ Paisagens abertas, desertos medonhos/ Oi! Léguas cansativas, caminhos tristonhos/ Que fazem o homem se desenganar/ Há peixes que lutam para se salvar/ Daqueles que caçam no mar revoltoso/ E outros que devoram com gênio assombroso/ As vidas que caem na beira do mar/
Márcia joga o jornal no banco do carona, e sua impaciência faz suas pernas tremerem e todo o seu corpo não suporta a pressão e treme junto. Ela puxa a sua bolsa, de um marrom bem claro, que combina com a cor de seu salto alto, e tira o seu telefone celular.Ela verifica o sinal da operadora e caça na agenda eletrônica do próprio telefone, o telefone das secretárias de recado de sua empresa.
(Márcia – olhando para o relógio de pulso, no braço direito, fala com voracidade a uma das secretárias) Alô? Cleide! É você? Ótimo, fala pra seu Carlos que demorarei pra chegar pois estou parada aqui no centro, e não sei que horas que vou chegar. Obrigada, tchau.
Ela desliga o telefone e o coloca ao meio de suas pernas, junto com as chaves do carro. As chaves correm mais para perto de seu sexo, quase entrando por sua saia.
Ela aumenta um pouco o volume do rádio e recosta perto da janela de seu carro, apoiando a mão sob a cabeça e desliga-se do mundo, cochilando.
Num átimo de lembrança, seu sádico despertador chacoalha-se numa frenética tremedeira em cima do criado mudo, dançando abusadamente um folk desritmado como o mais bêbado dançarino de uma boate noturna. Seus passos desagradáveis sobre o móvel adormecido despertam Márcia de seu sono leve e sem cadência. O sangue da dormideira esquenta e o despertador troca de pista, pairando agora perto da cortina que bailava como uma amante do cadenciado ritmo de uma dança de amor junto ao vento. Márcia ruidosamente grita um Ah! e lembra-se que se encontra ao trânsito. Ela vê que nada tinha melhorado nestas pesadas horas de sono ao carro. Ela fita o relógio com a maquiagem borrada pelas lágrimas que choram o sono ainda inacabado, passara-se pelo menos dois minutos.
(Márcia, sonolenta) – puta merda...
Ela volta a cochilar.Segundos depois, passa por ela, tocando-lhe a cabeça, um menino negro de seus dez anos, ao máximo, assustando-a. Ela levanta de súbito pela pressão do toque e sente o seu sangue ferver, como uma palpitação nervosa, típica de quem se apaixona ou perde o controle de suas emoções. Márcia fica branca e trêmula das bocas. Corre à sua bolsa e pega uma bala de eucalipto, pondo-a rapidamente na boca, como se fosse o último remédio que a pudesse salvar. Ela olha pelo retrovisor e vê que um menino negro está correndo por entre o labirinto de carros. Ela não consegue ver o rosto da criança, mas o short velho e empoeirado já o classificava como meliante. Ela passa a mão pelo pescoço e não sente o cordão de ouro que fora dado por sua mãe...
(Márcia, assustada) – Mãe?!
... ela vira o retrovisor interno do carro em sua direção e vê que ali não se encontra o cordão que possuía a foto de sua mãe. Ela acabara de ser roubada.
(Márcia, chorando) – Ah! Não! Mãe!!
Sua maquiagem se desfaz, o trânsito liberta-se de seu entupimento.Ela, assustada e nervosa demais, não se lembra de onde pôs as chaves do carro. O primeiro movimento foi jogar o jornal para o banco traseiro de seu carro mil cilindradas, porém luxuoso, logo a bolsa aberta também passa para traz, como uma criança em contradição com as leis de trânsito, espalhando-se e seus pertences por todo o espaço livre. As buzinas atrás pressionam sua palpitação já acelerada demais para uma cotidiana estressada, ela arremessa o telefone celular para o banco do carona, livre dos ex-caronados e vê que sua chave estava entre suas pernas, como a ponta do engate virado para a sua calcinha. Ela a tira desesperada e estupra a ignição do carro, acelerando o veículo sem que ao menos terminasse o ignição dos pistões e das bielas de compressão. Ela acelera e o trânsito flui, como um dia atípico para aquela segunda-feira na Grande São Paulo. O peso de sua aceleração também, conseguindo arrancar com o carro.
Galera, esse texto é baseado num conto escrito por nossa amiga Beatriz Blandy, e estou colocando aqui, somente a primeira cena, só pra ver se está do gosto dela, já tô com a segunda cena quase toda escrita, e assim que tiver pronta, vou aprontar todas as outras e depois somar tudo e colocar na ponta de um filme, que espero que todos gostem de como vai ficar, pq se depender do roteiro, eu espero que gfostem pois eu estou gostando muito de como a história está se seguindo .
Tudo por seu toque
Cena 1 – Trânsito (Um pouco antes da esquina da Rebouças com a Avenida Brasil).
Márcia encontra-se no carro, parada um pouco antes do cruzamento da Rebouças com a Avenida Brasil. Seu rosto está inchado e, em plena segunda-feira, as olheiras roxas mostram uma noite mal-dormida, mesmo para alguém que tem o costume de dormir cedo. Buzinas de carros e ônibus enfileirados esperando por sua vez na eterna contra-mão do horário matutino de trabalho. Fumaça negra sobe dos escapamentos dos tanques de guerra do eterno leva e traz.O jornal ajuda no desespero.
(Márcia – nervosa e discutindo com o jornal semi-amassado em suas mãos) – Meu Deus, nem em plena segunda-feira há alguma notícia boa.
Alguns carros, a sua frente, puxam o freio de mão e desligam os motores. Nem mesmo o apito ensurdecedor do guarda-de-trânsito alivia a pressão daqueles glóbulos ensandecidos pelo horário de trabalho. Grande São Paulo está parada de novo, e nem mesmo suas artérias conseguem bombear mais nada.
(Márcia – com parte de sua cabeça do lado de fora, disputa atenção com as buzinas) Pelamordedeus, dá um jeito nisso aí, seu guarda!
O guarda não presta a atenção e continua a apitar.
Márcia xinga um palavrão, em voz baixa, contra a mãe do guarda. Na raiva, ela puxa o freio de mão, quase o arrancando, e desliga o carro, tirando a chave e colocando sob suas pernas. Ela puxa o jornal, abre na parte de economia e começa a devorá-lo. Suas mãos tremem pela adrenalina diária em seu sangue. Essas tremedeiras não param nem mesmo após o matutino banho.
Ao rádio, toca Zé Ramalho – Beira-mar.
Oi! Por dentro das águas e sonhos/ E coisas que sonham o mundo dos vivos/ Há peixes milagrosos, insetos nocivos/ Paisagens abertas, desertos medonhos/ Oi! Léguas cansativas, caminhos tristonhos/ Que fazem o homem se desenganar/ Há peixes que lutam para se salvar/ Daqueles que caçam no mar revoltoso/ E outros que devoram com gênio assombroso/ As vidas que caem na beira do mar/
Márcia joga o jornal no banco do carona, e sua impaciência faz suas pernas tremerem e todo o seu corpo não suporta a pressão e treme junto. Ela puxa a sua bolsa, de um marrom bem claro, que combina com a cor de seu salto alto, e tira o seu telefone celular.Ela verifica o sinal da operadora e caça na agenda eletrônica do próprio telefone, o telefone das secretárias de recado de sua empresa.
(Márcia – olhando para o relógio de pulso, no braço direito, fala com voracidade a uma das secretárias) Alô? Cleide! É você? Ótimo, fala pra seu Carlos que demorarei pra chegar pois estou parada aqui no centro, e não sei que horas que vou chegar. Obrigada, tchau.
Ela desliga o telefone e o coloca ao meio de suas pernas, junto com as chaves do carro. As chaves correm mais para perto de seu sexo, quase entrando por sua saia.
Ela aumenta um pouco o volume do rádio e recosta perto da janela de seu carro, apoiando a mão sob a cabeça e desliga-se do mundo, cochilando.
Num átimo de lembrança, seu sádico despertador chacoalha-se numa frenética tremedeira em cima do criado mudo, dançando abusadamente um folk desritmado como o mais bêbado dançarino de uma boate noturna. Seus passos desagradáveis sobre o móvel adormecido despertam Márcia de seu sono leve e sem cadência. O sangue da dormideira esquenta e o despertador troca de pista, pairando agora perto da cortina que bailava como uma amante do cadenciado ritmo de uma dança de amor junto ao vento. Márcia ruidosamente grita um Ah! e lembra-se que se encontra ao trânsito. Ela vê que nada tinha melhorado nestas pesadas horas de sono ao carro. Ela fita o relógio com a maquiagem borrada pelas lágrimas que choram o sono ainda inacabado, passara-se pelo menos dois minutos.
(Márcia, sonolenta) – puta merda...
Ela volta a cochilar.Segundos depois, passa por ela, tocando-lhe a cabeça, um menino negro de seus dez anos, ao máximo, assustando-a. Ela levanta de súbito pela pressão do toque e sente o seu sangue ferver, como uma palpitação nervosa, típica de quem se apaixona ou perde o controle de suas emoções. Márcia fica branca e trêmula das bocas. Corre à sua bolsa e pega uma bala de eucalipto, pondo-a rapidamente na boca, como se fosse o último remédio que a pudesse salvar. Ela olha pelo retrovisor e vê que um menino negro está correndo por entre o labirinto de carros. Ela não consegue ver o rosto da criança, mas o short velho e empoeirado já o classificava como meliante. Ela passa a mão pelo pescoço e não sente o cordão de ouro que fora dado por sua mãe...
(Márcia, assustada) – Mãe?!
... ela vira o retrovisor interno do carro em sua direção e vê que ali não se encontra o cordão que possuía a foto de sua mãe. Ela acabara de ser roubada.
(Márcia, chorando) – Ah! Não! Mãe!!
Sua maquiagem se desfaz, o trânsito liberta-se de seu entupimento.Ela, assustada e nervosa demais, não se lembra de onde pôs as chaves do carro. O primeiro movimento foi jogar o jornal para o banco traseiro de seu carro mil cilindradas, porém luxuoso, logo a bolsa aberta também passa para traz, como uma criança em contradição com as leis de trânsito, espalhando-se e seus pertences por todo o espaço livre. As buzinas atrás pressionam sua palpitação já acelerada demais para uma cotidiana estressada, ela arremessa o telefone celular para o banco do carona, livre dos ex-caronados e vê que sua chave estava entre suas pernas, como a ponta do engate virado para a sua calcinha. Ela a tira desesperada e estupra a ignição do carro, acelerando o veículo sem que ao menos terminasse o ignição dos pistões e das bielas de compressão. Ela acelera e o trânsito flui, como um dia atípico para aquela segunda-feira na Grande São Paulo. O peso de sua aceleração também, conseguindo arrancar com o carro.
segunda-feira, 12 de novembro de 2001
sexta-feira, 9 de novembro de 2001
quinta-feira, 8 de novembro de 2001
Sofrendo férias
E tem quem o diga que quando a gente tira féiras a gente fica sofrendo férias.... hahahahaha!!!! sofre é depois que voltas.
por que? porque voltar de férias é um caos, cadê o dindin no final do mês que todo mundo recebe e eu não? pro que? por que?
proque férias é isso mesmo minha gente, quando você sai sua conta corrente parece que vai estourar de tanto dindin, mas nós esquecemos que esse tantão de dindin é equivalente ao mês seguinte, aí é que são elas.
E pra espantar o mal olhado que tem na minha quebradeira eu canto aquela melodia
"Onde está o dinheiro? o gato comeu, o gato comeu e ninguém viu/o gato comeu, o gato comeu/ no seu paradeiro onde está o dinheiro..." quede?
E tem quem o diga que quando a gente tira féiras a gente fica sofrendo férias.... hahahahaha!!!! sofre é depois que voltas.
por que? porque voltar de férias é um caos, cadê o dindin no final do mês que todo mundo recebe e eu não? pro que? por que?
proque férias é isso mesmo minha gente, quando você sai sua conta corrente parece que vai estourar de tanto dindin, mas nós esquecemos que esse tantão de dindin é equivalente ao mês seguinte, aí é que são elas.
E pra espantar o mal olhado que tem na minha quebradeira eu canto aquela melodia
"Onde está o dinheiro? o gato comeu, o gato comeu e ninguém viu/o gato comeu, o gato comeu/ no seu paradeiro onde está o dinheiro..." quede?
quarta-feira, 7 de novembro de 2001
terça-feira, 6 de novembro de 2001
segunda-feira, 5 de novembro de 2001
domingo, 4 de novembro de 2001
Em tornos do amanhecer
Estou em meu quarto, esperando que o frio que congela os dedos dos meus pés, pare. Na verdade, este é o mesmo frio que mantém o meu charuto vagabundo aceso por mais tempo. Passei a noite inteira esperando as mensagens chegassem, mas nenhum dos meus amigos que mais prezo estão por perto para dizer algo. Meu quarto defumado pelo charuto, ainda é um conforto para a vontade de pensar e agir em cima do teclado, mas sua cor amarelo-indiferente não me ajuda a pensar em nada, a nada escrivinhar. Somente digio, digito e digito, sem ao menos pensar no que tô escrevendo, e este momento, eu realmente estou escrevendo, e não escrivinhando. Preciso pensar em algo.
Soube a pouco tempo que posso me tornar marqueteiro. Não ficar somente dependendo desta vida de professor que tenho, mas que posso mexer ainda mais com o mundo das palavras e das vendas. Isso me alegra, pois trabalhar com isso é um sonho distante que parece querer me encontrar de novo. Mas por que tanto tempo de espera? Talvez, só Papai do céu saiba e nada posso discutir com ele. E nem quero.
Passei muito tempo sonhando demais, achando que não podia ser o que eu tinha vontade. É isso que dá ficar rodeado de pessoas que sabem bem o que gostam de fazer, que não têm pudor de mostrar que são bons. Sempre fui meu contra o elo total a seu ego, mas tenho que respeitar aqueles que sabem bem usar. É hora de crescer.
Tomo remédios para tentar dormir, mas o charuto me deu barato. Deitado numa cama de casal que sobrou da viagem de meus pais, eu rolo, viro e desviro sem ao menos ser nocauteado pela programação chata do horário dos insones. Quer porra. O charuto entorpeceu a minha língua com um gosto amarelo de nicotina que só tinha percebido pelo hálito de meus pais. Que depois de tantos anos fumando esta coisa perto de mim me deixou flácido por esta porra. Nem mesmo a garrafa de whisky Balantines que estava dormindo na adega de meu pai pode me fazer dormir ao ponto que quero. Não consegui pregar os olhos o dia inteiro. Talvez eu devcesse ser mais exdrúxulo e pegar o martelo e os pregos.
Não, depois como eu farei para ler, para escrivinhar e ler as entrelinhas de uma propaganda? Minha professora, a porra-loca, lá da faculdade disse que tenho tudo a ver com marketing, que as análises de propaganda que fiz lá na Faculdade de Formação de Professores foram realmente ótimas, e que os meus amigos, os mais íntimos mesmo, disseram que a análise fora expetacular e que eu realmente devesse seguir esta linha.
Estou fazendo um elo ao meu ego, mas eu preciso dele agora, para me sustentar. Viro, deito e desdurmo. Sem ao menos o sonho que preciso me nocauteie as retinas e me faça dormir um pouco que seja.
- Senhor... - levanto a mão para chamar o cara de branco e de pano na mão.
Que merda. Fiquei flácido por esta merda.
Ótimo, ótimo. Estou fumando, charuto, estou com frio e com vontade de escrivinhar. Estou com vontade de ser, de crescer.
Ainda lembro das palavras de minha amiga Beatriz, Blended in our turmoil, turn oil, disaster of living, life is horror, babe, love is deep inside the brume in your eyes, que mandou uma carta há pouco tempo para mim, dizendo que despedira-se do mundo do trabalho, para curtir o resto do mundo de adolescente. Caralho, eu ainda não sei bem o que quero para mim. Sou uma artéria desajustada do seu fluxo, que bombeia sangue venoso para as entranhas do batedor e o envenena com gás que carboniza sua voracidade, que carboniza seu sentimento, que carboniza o próprio alimento.
- Por favor, senhor, duas doses de whisky on the rocks.
Hora de acordar, senhor. Penso
- Hora de acordar, senhor. Tem alguém te esperando na porta.
É a minha mulher no bar. Bem ali na porta, ela e sua cara de desarcordo com as minhas ações. Me desculpe, Raquel.
Deixo uma nota marrom em cima da mesa molhada, pego o meu casaco e fecho os olhos, cortando a luz do Sol, que se tampou atrás de nuvens nervosas, ou choradeiras, e que na verdade, só me fazem querer despertar.
Fecho os olhos com mais intensidade, e transpasso a neblina, querendo saber-me
(Beatriz, foi esse pensamento que me fez escrever o meu último email, espero que saiba e que me faça as críticas que são necessárias.)
Estou em meu quarto, esperando que o frio que congela os dedos dos meus pés, pare. Na verdade, este é o mesmo frio que mantém o meu charuto vagabundo aceso por mais tempo. Passei a noite inteira esperando as mensagens chegassem, mas nenhum dos meus amigos que mais prezo estão por perto para dizer algo. Meu quarto defumado pelo charuto, ainda é um conforto para a vontade de pensar e agir em cima do teclado, mas sua cor amarelo-indiferente não me ajuda a pensar em nada, a nada escrivinhar. Somente digio, digito e digito, sem ao menos pensar no que tô escrevendo, e este momento, eu realmente estou escrevendo, e não escrivinhando. Preciso pensar em algo.
Soube a pouco tempo que posso me tornar marqueteiro. Não ficar somente dependendo desta vida de professor que tenho, mas que posso mexer ainda mais com o mundo das palavras e das vendas. Isso me alegra, pois trabalhar com isso é um sonho distante que parece querer me encontrar de novo. Mas por que tanto tempo de espera? Talvez, só Papai do céu saiba e nada posso discutir com ele. E nem quero.
Passei muito tempo sonhando demais, achando que não podia ser o que eu tinha vontade. É isso que dá ficar rodeado de pessoas que sabem bem o que gostam de fazer, que não têm pudor de mostrar que são bons. Sempre fui meu contra o elo total a seu ego, mas tenho que respeitar aqueles que sabem bem usar. É hora de crescer.
Tomo remédios para tentar dormir, mas o charuto me deu barato. Deitado numa cama de casal que sobrou da viagem de meus pais, eu rolo, viro e desviro sem ao menos ser nocauteado pela programação chata do horário dos insones. Quer porra. O charuto entorpeceu a minha língua com um gosto amarelo de nicotina que só tinha percebido pelo hálito de meus pais. Que depois de tantos anos fumando esta coisa perto de mim me deixou flácido por esta porra. Nem mesmo a garrafa de whisky Balantines que estava dormindo na adega de meu pai pode me fazer dormir ao ponto que quero. Não consegui pregar os olhos o dia inteiro. Talvez eu devcesse ser mais exdrúxulo e pegar o martelo e os pregos.
Não, depois como eu farei para ler, para escrivinhar e ler as entrelinhas de uma propaganda? Minha professora, a porra-loca, lá da faculdade disse que tenho tudo a ver com marketing, que as análises de propaganda que fiz lá na Faculdade de Formação de Professores foram realmente ótimas, e que os meus amigos, os mais íntimos mesmo, disseram que a análise fora expetacular e que eu realmente devesse seguir esta linha.
Estou fazendo um elo ao meu ego, mas eu preciso dele agora, para me sustentar. Viro, deito e desdurmo. Sem ao menos o sonho que preciso me nocauteie as retinas e me faça dormir um pouco que seja.
- Senhor... - levanto a mão para chamar o cara de branco e de pano na mão.
Que merda. Fiquei flácido por esta merda.
Ótimo, ótimo. Estou fumando, charuto, estou com frio e com vontade de escrivinhar. Estou com vontade de ser, de crescer.
Ainda lembro das palavras de minha amiga Beatriz, Blended in our turmoil, turn oil, disaster of living, life is horror, babe, love is deep inside the brume in your eyes, que mandou uma carta há pouco tempo para mim, dizendo que despedira-se do mundo do trabalho, para curtir o resto do mundo de adolescente. Caralho, eu ainda não sei bem o que quero para mim. Sou uma artéria desajustada do seu fluxo, que bombeia sangue venoso para as entranhas do batedor e o envenena com gás que carboniza sua voracidade, que carboniza seu sentimento, que carboniza o próprio alimento.
- Por favor, senhor, duas doses de whisky on the rocks.
Hora de acordar, senhor. Penso
- Hora de acordar, senhor. Tem alguém te esperando na porta.
É a minha mulher no bar. Bem ali na porta, ela e sua cara de desarcordo com as minhas ações. Me desculpe, Raquel.
Deixo uma nota marrom em cima da mesa molhada, pego o meu casaco e fecho os olhos, cortando a luz do Sol, que se tampou atrás de nuvens nervosas, ou choradeiras, e que na verdade, só me fazem querer despertar.
Fecho os olhos com mais intensidade, e transpasso a neblina, querendo saber-me
(Beatriz, foi esse pensamento que me fez escrever o meu último email, espero que saiba e que me faça as críticas que são necessárias.)
sábado, 3 de novembro de 2001
Tomo todos os remédios receitados pelo médico, e caio na cama como um pássaro abatido em resvoar de pensamentos. Alívio a consciência por saber que o meu rosto não exala loucura ou inexatidão de figuras de pensamento. Nem hipérnoles ou Anacolutos, nem simplesmente parábolas ou paradoxos. Apenas, efusivamente apenas, redundância.
Pronto. Aponte a ponta que ponteia o sentido norte e esquive-se da sua função metro-cardíaca. Hora avulsa de clicar e digitar e sem ao menos respirar, julgue-se incapaz de abreviar o sopro materno-cardiológico de si mesmo e expire o mais breve possível o catarro que te consome em lodo e mofo matinal. Acordar não é somente abrir os olhos, é despertar para o signinifcado mais placentático conhecido na vida: é simplesmente sorrir.
sexta-feira, 2 de novembro de 2001
quinta-feira, 1 de novembro de 2001
Assinar:
Postagens (Atom)