sábado, 4 de maio de 2002

Deixa eu explicar II

Para ser bem sincero, eu me senti muito aliviado quando terminei com Raquel. Não vou negar que chorei muito por três dias por ter sido descartado de um forma tão estranha e tão egoísta, coisa que eu já tinha percebido e que me deixou muito mal. E não vou negar que estou mal até hoje, mas depois de um mês eu liguei o foda-se e segui a minha vida.

Mas me senti muito bem, muito bem mesmo. Aproveitei a minha época de solteiro por uns dois meses, e me cansei de ficar solteiro. Só que não procurei uma namorada. Não fui com todo o vapor para cima de qualquer uma, eu deixei aparecer. Sim, tinha uma que eu queria muito, que por sorte minha, hoje é minha namorada e que me escreveu um email lindo, hoje, pois ela está viajando a trabalho pois ela é pesquisadora da UERJ. Neste meio tempo, eu fiquei com três mulheres, onde uma era uma aluna minha pois eu não consegui manter a ética, uma era uma ex-chefa e foi só um cinema e outra uma menina lá da faculdade. Somente uns copos de cerveja, coisas já ditas aqui antes no antigo post chamado Relato pós-financeiro e etc e tal.

Só que agora eu tenho Carla

Vamos por parte.

Vou-lhes ser bem sincero, como sempre fui e faço questão de reiterar pois eu vejo pouca sinceridade no mundo, e aqueles que realmente me conhecem, sabe muito bem que não escondo nada. Se tiver eu falo na cara mesmo. Que o diga Beatriz, pois uma vez eu fui direto e mandei o recado na lata e ela ficou até assustada. Por isso, nossa amizade transcende a distância da Via Dutra (Eu eu tô sentindo falta do Puta que Pariu)

Carla é o seguinte:

É uma mulher que já desejei há algum tempo? Sim, eu o fiz sim pois eu não deixo de ser homem. Só que ela era uma paixãozinha mais antiga ao meu antigo namoro, e que me abalou um pouco pois aquela vozinha calma me atraia muito, adorava o tom da fala dela. Muito gostosa, e que hoje eu a tenho para mim.Só que quando eu comecei a namorar com Raquel, como tudo na minha vida, eu acabei também deixando um pouco de lado e cai dentro dessa relação que todos sabem me foi muito penosa, mas como interpretam muito bem, FOI.

Cá fiquemos de desrazões e pensemos no meu atual.

Desespero por desespero, passamos todos por esta lâmina que descorta a carta e descarta o corte. Ferir é agora o momento que esquecemos existir. Pensemos na grandiloqüência do beijo.

A loucura não está no sorriso que mostro a todos, mas sinceramente está aqui, nesses lábios que já muito bem conhece uma mulher mas que não conhecia a dualidade de saber realmente que a pessoa que eu estou vendo está realmente me amando.

Para os que ainda leiam esta mensagem, não vou negar, o beijo dessa mulher me soou diferente, não foi um beijo de início de namoro não, foi um beijo que não se apaga quando bebe água, que não se derrete quando se toma sorvete, que não deixa de fervilhar quando se toma um banho frio. Foi um beijo que eu vi queimar a língua como um bom café bem quente feito no restaurante mais acalentoso daqui do Rio de Janeiro. Eu senti o gosto bem depois de dormir, escovar matinalmente os dentes e comer algo rindo e quase me engasgando.

O que mais me assusta foi que eu ainda sentia a boca aqui junto a minha. Lábio quando gruda tanto beija que desnuda. E perdi os medos de estar junto a uma outra pessoa. Fui com muita calma, mas fui.

E fui, fui e deixei fluir. Eu e ela conversamos, eu ao fim da conversa, chegamos a um consenso. Ela abriu o jogo para mim ao telefone. E eu "quase" chorei ao telefone. Depois uma outra mensagem por internet, icq, não pude me conter.

Eu estava diante de alguém que estava dizendo que estava gostando de mim. E que me parece mesmo que está gostando, e me parece muito que está gostando. Estou indo com muito calma, com muita singeleza e como já disse, estou deixando as coisas fluirem...

e que deixe os fluidos tomarem conta...

E os que tenham olhos, que me escutem.

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