quinta-feira, 12 de abril de 2012

mÁrcIUs CalikstUS

Entre o irradicável
                       e o irretratável

julgo estar posicionado


                                     Mas entre o ir-radicável

e o ir-retratável

prefiro permanecer imóvel,
sem modernices,
sem pieguices,
sem íntimas demonstrações de adaptação aos grupos dos surgentes.

Sou índigo
infinito, em minha lucidez de poucos psicólogos,
intratável na concepção dos psiquiatras.

Prefiro a dor aos remédios,
a tontura à insulina
o toque de gente ao toque da gente.

Estou ali, bem aqui, num cá começo,
nunca caco meço,
nunca começo
o que bem deveria.

Loucura, manicômio,
dessa vez é para sempre,
estou de volta,
sem saber por que,
porquê,
pôr o quê,
quem!

Sou eu, sim, sem os arroubos de antes.